domingo, março 06, 2011

TURISAS por cá em Maio


24 de Maio - Cine Teatro Corroios
25 de Maio - Hard Club


Abertura de Portas - 20h00
Inicio do Espectáculo - 21H00

Numa altura em que a tecnologia e a comunicação aproximam os seres humanos, a sua natureza faz com que a procura por novos horizontes, mesmo que ficcionais e baseados no passado, se torne parte do processo de evolução. É por isso que os apreciadores de música vão sempre querer encontrar a próxima proposta, mais excêntrica e excitante que a última. E, de preferência, que lhes estimule a imaginação e transcenda o mundano. É precisamente aqui que entram os finlandeses TURISAS e a sua capacidade para fazer o ouvinte viajar até ao passado através da criação da banda-sonora perfeita para um tempo em que ainda havia guerreiros a vaguear pela terra, em que os poetas cantavam as suas façanhas nas batalhas e em que mitos e factos se confundiam. Contadores de histórias por excelência, Mathias Nygård e os seus companheiros de luta vão estar de volta a solo nacional, dois anos depois de terem surpreendido o público nacional com uma actuação explosiva como “suporte” aos Dragonforce. Desta vez em nome próprio e em data dupla; no dia 24 de Maio no Cine-Teatro de Corroios e, no dia 25, na Sala 1 do Hard Club.

Com aparições nos grandes festivais dedicados à música de peso durante os últimos anos – do Wacken ao Tuska, passando pelo Download, Graspop, Earthshaker, Party.San, Bloodstock, Nummirock ou Summer Breeze, sem esquecer uma digressão totalmente esgotada no Reino Unido na companhia dos compatriotas Lordi – os TURISAS foram votados na categoria de “melhor banda nova” pelos leitores da revista Metal Hammer em 2006. Musicalmente são dos poucos colectivos que conseguem realmente complementar os tópicos que abordam nas suas letras, criando temas que são um reflexo da formação e talento dos seus elementos, provenientes de diversos quadrantes culturais. Heavy e power metal, música folk e clássica cruzam-se numa sonoridade épica e garantem satisfação a quem não está só à procura do óbvio, mas sim de novos desafios, que transcendem o som e transportam o ouvinte para o coração da batalha. Contam com um violinista e com uma acordeonista na formação... E sim, usam pinturas de guerra e vestem-se como bárbaros. No entanto, a música ainda consegue falar mais alto que tudo o resto. «Battle Metal», a estreia de 2004, é um disco de viking metal incrivelmente arrojado e bem conseguido, misto da grandiosidade proporcionada pelos teclados majestosos, da força do metal e da herança dos seus antepassados. Com o segundo álbum, «The Varangian Way», editado três anos depois, a fórmula tornou-se ainda mais épica – mais orquestrações, mais coros, mais de tudo. No entanto, o som dos TURISAS tornou-se ainda maior, atingindo níveis nunca antes vistos neste espectro, no seu mais recente registo. Editado na recta final de 2010, «Stand Up And Fight» abriu as portas para uma abordagem mais antémica, que promete incentivar cantorias em uníssono e muito headbanging.

BIOGRAFIA TURISAS:

Oriundos de Hämeenlinna, os Turisas – nome de uma dos antigos deuses finlandeses da guerra – foram criados em 1997, pelo vocalista Mathias Nygård e pelo guitarrista Jussi Wickström. Durante sete anos, a dupla foi desenvolvendo a sua abordagem muito peculiar ao folk metal – que tem como peculiaridade a substituição de grande parte dos solos de guitarra por solos de violino – e tentando solidificar uma formação capaz de gravar os temas que iam escrevendo. O cliché é batido, mas pode dizer-se que envelheceram como um bom vinho e quando «Battle Metal», o disco de estreia, foi finalmente editado, as reacções não se fizeram esperar. Mathias e Jussi tinham aproximado a sua fusão de heavy e power metal épico, melodias folk e ambição cinematográfica da perfeição e o primeiro contacto com o público e com a imprensa foi recebido com elogios e aplaudido em uníssono pela sua ousadia.

De um momento para o outro, a banda conquistava terreno na Europa e transformava-se numa das mais excitantes propostas saídas do movimento underground do velho continente. Quando se preparavam para demonstrar finalmente a sua força ao vivo, o guitarrista Georg Laakso sofre um acidente de viação e abandona o grupo, fazendo com que os planos de digressão fossem congelados. Os músicos – Mathias, Jussi, o baterista Tuomas "Tude" Lehtonen e o teclista Antti Ventola – optam por entrar novamente em estúdio para a gravação do sucessor de «Battle Metal».

Em Janeiro de 2007, Hannes Horma (baixo), Olli Vänskä (violino) e Janne Mäkinen (acordeão) são apresentados como parte integrante da formação da banda e, no mês seguinte, Ventola anuncia a sua saída. «The Varangian Way» é editado ainda antes do final do ano, com Jussi a assumir todas as partes de guitarra e o vocalista a acumular a função de teclista. Mais intrincado, profundo e dramático, apoiado num conceito mais elaborado, ao segundo disco, os Turisas subiram finalmente aos palcos, tornaram a experiência real e conquistaram a atenção do público – em larga escala e de uma vez por todas.

À semelhança do que os seus antepassados fizeram há muitos séculos, os músicos finlandeses percorreram os oceanos e, durante dois anos, foram espalhando a sua mensagem. Além dos concertos em nome próprio, fizeram também digressões como suporte a alguns pesos pesados – Iced Earth, Dragonforce, Cradle Of Filth e Moonspell na Europa e no Reino Unido; Ensiferum, Tyr, Eluveitie e Dragonforce nos Estados Unidos.

Em Janeiro o acordeonista Janne "Lisko" Mäkinen desaparece misteriosamente em Amesterdão, mas Netta Skog entra rapidamente para o seu lugar e a banda não perde tempo, garantindo a sua participação em todos os festivais de Verão que realmente interessam por essa Europa fora e fazendo ainda as suas primeiras actuações no Japão, na China e Austrália. No final de 2009, dão por encerrada a campanha de promoção a «The Varangian Way» e começam a compor para o seu sucessor, iniciando o processo de gravação em Março de 2010.

«Stand Up And Fight», uma continuação um pouco menos rígida do conceito explorado no disco anterior, chega aos escaparates em 2011 e revela-se o registo mais elaborado, extravagante e glorioso dos Turisas até à data. Camadas de orquestrações e harmonias vocais, pela primeira vez na carreira do grupo cortesia de alguns dos mais reputados músicos clássicos de sopros e cordas da Finlândia, cruzam-se com a força dos riffs típicos do metal e com uma paixão readquirida pelo rock de estádio dos anos 80, que deu inevitavelmente origem a material ainda mais antémico e dramático.

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