quarta-feira, março 18, 2009

The Priest Feast: Testament + Megadeth + Judas Priest no Pavilhão Atlântico [texto + fotos]


Eu ainda estou sem palavras...

Desde a sua génese, na década de 70, muitas críticas podem ter sido feitas à vitalidade e validade do heavy metal. Trinta anos depois, a plateia esgotada do Pavilhão Atlântico, ontem à noite, prova que o estilo está vivo e de boa saúde.

Na última passagem por cá, já na fase pós-reunião com Rob Halford e depois de um período de doze anos a "marcar passo", a mítica banda britânica tinha tocado perante um recinto surpreendentemente vazio. Desta vez foi bem diferente, com os fãs a corresponderem em massa ao apelo do "Metal God".

Para isso deve ter contribuído bastante o cartaz de luxo deste Priest Feast, que contava nas "posições de suporte" com os norte-americanos Megadeth e Testament.

Foi precisamente a banda liderada por Chuck Billy - um sobrevivente de cancro que parece ter redobrado forças depois de conseguir vencer a doença - que subiu primeiro ao palco, à hora marcada e durante cerca de 40 minutos.
Apesar de um som algo desequilibrado - que, de resto, se fez sentir em diversos graus durante todo o espectáculo - os cinco músicos oriundos da Bay Area de São Francisco souberam exactamente como agarrar a plateia pelo colarinho da t-shirt preta logo desde os primeiros acordes de "Over The Wall".

Experiência e calo não lhes falta, e isso tornou-se bem notório na interpretação de um alinhamento que, apesar de curto, serviu para consolidar a relação que o colectivo parece já ter com o público nacional.

De temas mais velhinhos ("Practice What You Preach", "Electric Crown" ou "D.N.R.") ao tema-título do mais recente The Formation Of Damnation , provaram que o thrash metal musculado não tem idade, numa actuação pautada pelos solos - talvez um pouco altos demais - do virtuoso Alex Skolnik e pela presença, algo modesta em termos de volume, de Paul Bostpah atrás do kit de bateria.

E se durante o concerto dos Testament o desequilíbrio sonoro anulava a secção rítmica em prol das guitarras, mal os Megadeth tocaram "Sleepwalker" percebeu-se desde logo que o problema se tinha invertido.

Mesmo assim foi possível perceber que Dave Mustaine, o controverso mentor e único sobrevivente da formação original do grupo, está actualmente rodeado de alguns dos melhores instrumentistas que já por lá passaram.

Shawn Drover e James LoMenzo mantêm um groove sólido como uma rocha, enquanto Mustaine comanda "as tropas" com punho de aço. Chris Broderick, por seu lado, é a nova "estrela da companhia". Um guitarrista exímio como poucos, que reproduziu (quase) na perfeição os solos escritos originalmente por Poland e Friedman. Sim, porque a actuação dos Megadeth foi um verdadeiro desfilar de êxitos.

"Wake Up Dead", "Take No Prisoners", "Skin' O My Teeth", "Symphony Of Destruction", "Hangar 18" e, já em regime de encore, "Peace Sells" e "Holy Wars... The Punishment Due" foram só algumas das canções que fizeram o gáudio dos muitos fãs presentes, durante os 60 minutos que o grupo esteve em palco.

Quiçá a correr contra o enorme relógio com dígitos vermelhos que tinham instalado discretamente no lado direito do palco, os músicos imprimiram à sua actuação uma garra considerável e também um ritmo frenético.

Mais uma prova de vitalidade por parte de um grupo que já conta com um quatro de século de carreira e não mostra vontade nenhuma de abrandar nesta sua nova encarnação.

O que é isso, no entanto, perante o colossal percurso de 40 anos dos Judas Priest? A formação do grupo confunde-se com o próprio nascimento da NWOBHM e, apesar do tiro ao lado que foi a fase "Ripper" Owens e das críticas tudo menos unânimes ao duplo-conceptual "Nostradamus", o colectivo liderado por Rob Halford ainda goza de uma adoração sem igual e isso ficou bem provado durante a sua prestação.

"Dawn Of Creation" e "Prophecy" deram o tiro de partida para um concerto memorável, com cenário e espectáculo de luzes à altura.

Reduzindo-se ao mínimo e essencial no que toca a material mais recente, a banda protagonizou um desfilar de clássicos. Faltaram alguns temas, é certo, mas de "Metal Gods" a "Eat Me Alive", passando por "Breaking The Law", "Hell Patrol" ou "Painkiller", fez-se um óptimo resumo do seu fundo de catálogo.

O "Metal God" ainda hasteou bandeiras, sentou-se num trono para cantar "Death" e entrou em palco (para o encore) numa Harley Davidson, onde permaneceu quase imóvel para cantar "Hell Bent For Leather". "The Green Manalishi (With The Two-Prong Crown)" (original de Peter Greendos Fleetwood Mac), uma brincadeira vocal de Halford com a plateia e "You've Got Another Thing Coming" puseram o ponto final de luxo numa noite em que, contra todas as expectativas, o heavy metal voltou a provar a sua popularidade.


In Blitz:
Texto de: José Miguel Rodrigues
Fotos de: Rita Carmo/Espanta Espíritos

segunda-feira, março 16, 2009

JUDAS PRIEST, MEGADETH E TESTAMENT


"Em Dublin tivemos a possibilidade de assistir ao início desta volta da digressão dos Judas Priest, empenhados na promoção do recente «Nostradamus» e em manter bem vivo o seu imenso legado.

Para esta gira os veteranos contam como convidados especiais com os Megadeth e os Testament, duas bandas que celebram 25 anos de carreira e que se mantêm tão actuais como no seu inicio de carreira. Curiosamente estes foram os cúmplices que ajudaram os Priest em 1991 na digressão de «Painkiller».

Na actuação dos Testament não faltaram momentos emblemáticos como «The New Order», «Practice What You Preach», «Into The Pit», «Souls of Black» e «Over The Wall». Sempre com o seu típico ar carrancudo, Dave Mustaine conduziu na perfeição os seus Megadeth por clássicos como «Wake Up Dead», «Hangar 18», «Symphony of Destruction», «Peace Sells» e «Holy Wars».

Sobre os Judas Priest pouco se pode acrescentar ao que foi dito ao longo de mais trinta cinco anos de carreira. A encenação continua lá enquanto Rob Halford “veste” cada personagem – do novo álbum são apenas interpretados três temas – com estridentes gritos que apesar dos seus 57 anos ainda consegue arrancar na perfeição e apenas em alguns casos se utilizam alguns efeitos para melhorar o “dramatismo”.

A dupla K.K. e Glenn são corpo de um mesmo organismo – Judas Priest – tal é a forma como continuam sintonizados a debitar riff atrás de riff. A dupla Ian e Scott quase que passa despercebida mas eles estão “LÁ” a segurar tudo. É fascinante perceber que este “monstro” existe há mais de três décadas e ainda se move com uma sedutora agilidade e eficácia letal.

Rob Halford confessou-nos em entrevista: «Estive a ouvir o «Nostradamus» no comboio enquanto vínhamos para aqui. Sabes, quando vires os Priest em Lisboa o set que fazemos agora tem todo o dinamismo do «Nostradamus». Tem o poder, tem o material mais recatado, as cenas mais aventureiras em termos musicais, muitas notas e mudanças de ritmo.

Para nós, em muitas vertentes «Nostradamus» engloba muito daquilo que se gosta nos Priest, com algumas ideias novas, obviamente porque é sempre importante introduzir algo de novo. Mas acho que é verdade que quanto mais nos ligamos a ele mais se é um fã de Priest. Fará cada vez mais sentido.

Este é definitivamente um álbum dos Judas Priest. É natural que quem seja um fã de «Painkiller» que queira o «Painkiller», se és um fã de «British Steel» só queres «British Steel». Os fãs de Priest mais ferrenhos que nos amam verdadeiramente estão sempre lá para qualquer disco e para qualquer concerto, eles adoram o que esta banda é capaz de fazer em termos de metal….

Depende de onde se vem. Se olhares do palco vês metaleiros de 16 anos e interrogas-te sobre qual terá sido o álbum que eles descobriram, qual foi a canção que os motivou. Sabes? Será que é «Breaking The Law» para eles, ou será «Nostradamus», ou será «Electric Eye». Não sabemos. É esse maravilhoso sentido de aventura musical que se obtem com os Judas Priest, nós levamo-vos a qualquer lado».

Para já só queremos que venham dia 17 ao Pavilhão Atlântico para sentirem a magnitude e a genialidade de um grupo de “putos” na casa dos cinquenta/sessenta anos que são capazes de emular na perfeição a magia de temas como «Metal Gods», «Eat Me Alive», «Between the Hammer and the Anvil», «Devil's Child», «Breaking the Law», «Hell Patrol», «Dissident Aggressor», «The Hellion / Electric Eye», «Rock Hard, Ride Free», «Sinner», «Painkiller», «Hell Bent for Leather», «The Green Manalishi (With the Two-Pronged Crown)» e «You've Got Another Thing Coming». Quando se ouvir o solo de «Sinner» aposto que os mais veteranos não vão conseguir esconder a emoção e vai haver lágrimas.

A terminar apenas gostaria de frisar que esta é uma daquelas oportunidades que não se deve perder. Porque quando estes senhores desaparecerem não haverá substitutos. ACREDITEM."

Everything Is New - Por António Freitas

ABERTURA DE PORTAS * 18H00
INÍCIO DO ESPECTÁCULO * 19H30

domingo, março 01, 2009

Deep Purple, Tour 2009 - Novas datas :

Deep Purple

Date Location
Thu 02.26.09 Santiago, Chile
Sat 02.28.09 Antofagasta, Chile
Mon 03.02.09 Porto Alegre, Brazil
Tue 03.03.09 Porto Alegre, Brazil
Thu 03.05.09 Florianopolis, Brazil
Fri 03.06.09 São Paulo, Brazil
Sat 03.07.09 São Paulo, Brazil
Fri 03.20.09 Dubai, UAE
Wed 04.08.09 Tokyo, Japan
Thu 04.09.09 Nagoya, Japan
Fri 04.10.09 Hiroshima, Japan
Sun 04.12.09 Kanazawa, Japan
Mon 04.13.09 Osaka, Japan
Wed 04.15.09 Tokyo, Japan
Fri 05.01.09 Wroclaw, Poland
Sat 05.02.09 Ostrava, Czech Republic
Sun 05.03.09 Bratislava, Slovakia
Mon 05.04.09 Prague, Czech Republic
Sat 07.11.09 Lakselv, Norway
Mon 07.13.09 Copenhagen, Denmark
Tue 07.14.09 Vasteras, Sweden
Wed 07.15.09 Goteborg, Sweden
Sat 07.18.09 Tampere, Finland
Mon 07.20.09 Istanbul, Turkey
Wed 07.22.09 Athens, Greece
Thu 07.23.09 Thessaloniki, Greece
Sat 07.25.09 Baalbeck, Lebanon
Tue 11.10.09 Manchester, England
Wed 11.11.09 Glasgow, Scotland
Fri 11.13.09 Birmingham, England
Sat 11.14.09 London, England