domingo, junho 07, 2009

Magnum - Novo album e data portuguesa



Mais uma boa notícia neste ano de 2009. Os britânicos Magnum preparam-se para lançar o seu 14º album da carreira, "Into The Valley Of Moonking". A banda de Bob Catley e Tony Clarkin, anunciou no seu site oficial as datas para a nova tour europeia. E o melhor disto tudo, é que que Portugal foi contemplado!!! Eles actuam em Lisboa no Santiago Alquimista a 20 de Outubro.

Vai ser lindo!!! Eu vou, claro...

Magnum Tour 2009:

25/9/09 Sweden Malmo KB
26/9/09 Sweden Gothenburg Brew House
27/9/09 Sweden Stockholm Debaser Medis
28/9/09 Denmark Copenhagen The Rock
29/9/09 Germany Hamburg Fabrik
1/10/09 Germany Bad Arolsen Outback
2/10/09 Germany Osnabrück Lagerhalle
3/10/09 Germany Worpswede Music Hall
4/10/09 Germany Köln Kantine
5/10/09 Germany Bochum Zeche
7/10/09 Germany Ludwigsburg Rockfabrik
8/10/09 Germany Karlsruhe Festhalle
10/10/09 Germany Aschaffenburg Colossal
11/10/09 Germany Nürnberg Hirsch
12/10/09 Germany Augsburg Spektrum
13/10/09 Germany München Backstage
14/10/09 Switzerland Pratteln Z7
15/10/09 Italy Bologna Sottotetto Sound Club
16/10/09 Italy Milan Music Drome
18/10/09 Spain Barcelona Sala Razzmatazz 2
19/10/09 Spain Madrid Sala Heineken
20/10/09 Portugal Lisbon Santiago Alquimista
25/10/09 UK Newcastle Academy
26/10/09 UK Glasgow Garage
28/10/09 UK Manchester Academy
29/10/09 UK Liverpool Academy
30/10/09 UK Holmfirth Picturedrome
31/10/09 UK Wolverhampton Wulfrun Hall
1/11/09 UK Pontypridd Muni Arts Centre
2/11/09 UK Southampton The Brook
4/11/09 UK Nottingham Rock City
5/11/09 UK Bristol Academy
6/11/09 UK Islington, London Academy
7/11/09 UK Leamington Assembly Rooms
8/11/09 UK Norwich Waterfront

Confere através do link: http://www.magnumonline.co.uk/index.html

A não perder...

EUROPEAN MASSACRE TOUR´09 EM BRAGA

Fueled By Fire

Os Norte-Americanos FUELED BY FIRE, grandes revelações do panorama metálico mais revivalista, deslocam-se a Braga no próximo dia 10 de Junho para o concerto de encerramento da 12.ª edição do festival SWR. Editado pela Metal Blade Records, o poderoso "Spread the fire" afirma-se como um álbum marcante no seio do thrash metal da nova vaga. Dada a velocidade evidenciada nas suas composições e toda a sua irreverência juvenil, será de esperar que os FUELED BY FIRE peguem literalmente fogo à sala.

No âmbito da EUROPEAN MASSACRE TOUR '09, os FUELED BY FIRE fazem-se acompanhar dos Italianos NEURASTHENIA. O presente concerto de encerramento do festival SWR, o maior evento do género realizado em solo nacional, conta ainda com a presença especial dos lusos MR MIYAGI, ASSASSINNER e VALIUM como bandas de abertura.

O evento tem lugar na Junta de Freguesia de Panoias, em Braga, na próxima Quarta-Feira dia 10 de Junho. O inicio dos concertos está marcado para as 20 horas. Os ingressos custam 8 euros e podem ser adquiridos à entrada do recinto.

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FUELED BY FIRE (usa) + NEURASTHENIA (ita) + MR MIYAGI (por) + ASSASSINNER (por) + VALIUM (por)
Braga. Auditório da Junta de Freguesia de Panoias. Assento, Panoias. Quarta-Feira, 10 de Junho, às 20 horas. Tel.: 253 282 793. 8€. Informações: 961 958 558

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sábado, junho 06, 2009

For Those About To Rock, We Salute You !!!

(foto AC/DC Alvalade 03Jun09)

Pois é, meus amigos...

Esta foi mais uma semana marcante, voltei ao paraíso...Ainda não desci à Terra. Não sei se alguma vez lá estiveram, mas se sim, sabem bem qual é o meu sentimento presente...Melhor vivido do que contado. Enfim, todas as palavras são poucas...

Felizmente não estive só. A energia que absorvi foi imensa, e sempre em "High Voltage". É este o poder do verdadeiro Rock!!!

Os AC/DC voltaram a Portugal. Esta é uma das bandas que "me acompanham" desde o dia do meu nascimento. Nessa altura, quando nasci, eles já tocavam e tinham lançado albuns. É lógico que não ouvia rock n´roll no berço, só as belas histórias que a minha mãe (há muito no paraíso) me contava.
(foto AC/DC Alvalade 03Jun09)

Na minha infãncia, ficava muito curioso, quando via o pessoal mais velho com aquelas belas e atraenes T-Shirts dos AC/DC ou Iron Maiden. De onde teria saído aquilo? Talvêz de algma série de desenhos animados, com super-herois que eu desconhecia... Um dia, ainda na escola primária, recordo perguntar a um colega sobre o que seria aquilo de AC/DC??? Ele respondeu-me que eram as iniciais de "Antes de Cristo" & "Depois de Cristo". Tudo bem, não fiquei muito convencido, e nem mesmo a saber de que se tratava de uma banda rock...Enfim, coisas de putos...

Naqueles tempos, no meu trajeto de escola, era frequente parar em casa de um colega. Junto dele, viviam uns primos, um ouco mais velhos. Bem, esses eram dos tais que usavam, e usam até hoje, as (ben)ditas T-Shirts. Estávamos no início dos 80´s, e se a maioria das pessoas que viviam na minha bela vila (Santar) eram católicas, a religião daqueles "marados" chamava-se AC/DC com o Deus Angus Young. Não era só o vestuário, havia o quarto repleto, só com posters da banda australiana, bandeiras, eu sei lá...!!! A aparelhagem deles "gripava" se se colocasse algo a tocar que não fosse..., vocês sabem... Foi nessa casa que me foi introduzido o som da banda. Confesso que tudo aquilo ainda era um pouco estranho para mim. O meu cérebro ainda não estava preparado para absorver tal coisa, mas o "bixinho" entrou, e mais tarde fez "moça" revelando-se, e ainda bem, e o resto é história!!!
(foto AC/DC Alvalade 03Jun09)

Entretanto, os anos passavam, os AC/DC continuavam a fazer grandes digressões mundiais...E Portugal, como sempre, ficava a ver navios...

Até que em 1996 foi concretizado um sonho, para muitos de uma vida, finalmente os Deuses do Rock n´Roll vinham tocar a Portugal. Foi no Restelo, e lá estávamos nós, todos os amigos de "religião" reunidos. Antes do concerto, a ansiedade foi enorme, e imaginam a adrenalina que se havia acomulado todos aqueles anos, estava prestes a explodir. Eu, ainda teenager, o mais novo do grupo, não arrisquei (não fui o único) ficando na bancada. Tivemos boas bandas de abertura, The Wildhearts e o mestre Joe Satriani, e...BUUMMMM...!!! Depois de uma brutal introdução, aí estava "Back in Black"!!! Entrámos noutra dimensão, percurridos por uma corrente energética imensa que nos levou ao rubro!!! Aquelas mais de duas horas passaram como que em segundos! Foi um dia marcante nas nossas vidas. A muita alegria trazia também lágrimas à mistura!!! Nem os homens de barba rija resistem a tanta emoção. Quem lá esteve percebe do que falo...
(foto AC/DC Alvalade 3Jun09)

Ficámos convencidos de que seria a derredeira oprtunidade de os ver em solo Lusitano, saíu depois o album "Stiff Upper Lip" e a respectiva digressão. A Tour mundial foi bem extensa, mas infelizmente não passou por cá. A seguir a banda "hibernou". Todos pensávamos que haviam arrumado as botas, mas passados mais uns anitos, quebra-se novamente o gelo, e praticamente do nada, surge a notícia da edição de um novo album. As expectativas começaram a surgir, o regresso era possível. Eles regressaram, e voltaram a marcar, novamente para sempre a vida de milhares de portugueses. Desta vez, o nosso grupo na "religião" AC/DC cresceu. Entre nós, deixei de ser o mais novo, troquei a bancada pela relva, mas o sentimento não mudou...
(foto AC/DC Alvalade 03Jun09)

Foi bom voltar ao paraíso...



Carlos Santos


Ps: Para bem da humanidade, deixem aqui o vosso depoimento/comentário.

quinta-feira, junho 04, 2009

SUICIDAL TENDENCIES - 11 ANOS DEPOIS ... FINALMENTE O REGRESSO A LISBOA‏



É já no próximo dia 18 de Junho que a Xuxa Jurássica traz a Portugal a mais influente e mítica banda do surf skate californiano, os Suicidal Tendencies!

Irmão mais novo de Jim Muir um dos pioneiros do skate moderno da famosa equipa Z Boys, Mike Muir com o seu estilo inconfundível, nasceu e cresceu rodeado por um movimento que se estava a criar e que se solidificou nos anos 80. Rodeou-se de amigos e criou os SUIICIDAL TENDENCIES, banda que já cunhou o seu nome na história da música moderna.

Suicidal Tendencies é vista pelos seus pares como uma inspiração e pelos seus admiradores como uma presença e força avassaladora em palco!

Apesar de grandes mudanças de alinhamento ao longo dos anos a banda sempre primou pela mestria dos seus músicos que depois se reflectiu na qualidade dos seus álbuns, que variam entre o heavy metal clássico passando pelo trash, punk e funky, formando um estilo incomparável e único: SUICYCO!

9 Anos depois do seu último registo os Suicidal Tendencies vêm a Portugal prontos para "incendiar" o palco e contam com todos os seus fans para fazerem desta noite uma festa memorável, músicas como "Trip to the Brain", "Possessed to Skate" ou a mais recente e instant classic "Pop Songs" prometem estar presentes neste concerto. Dezenas de canções vão contagiar toda a audiência num espectáculo que vai ser, de certeza, relembrado durante os próximos anos.

A acompanhar os Suicidal Tendencies, estarão os portugueses Ho-Chi-Minh, banda de Metal proveniente de Beja, Alentejo. Em que as atmosferas densas e pesadas contrastam com algumas melodias, e onde as vocalizações extremas e melódicas acompanhadas por guitarras poderosas tornam o som dos Ho-Chi-Minh único, destacando-se pela sua energia em palco, e pela liberdade de preconceitos musicais que transmitem ao público. A banda apresenta-se no Incrível Almadense com o lançamento do seu novo trabalho "It has Begun", com selo da Ranging Planet e com o agenciamento Sons Urbanos!!!

E ainda, os Vianenses Mr. Miyagi, banda caracterizada pela rapidez de composição com o seu punk/ hardcore, thrash e rock'n'roll vão dar as boas vindas a todos os presentes.~


Suicidal Tendencies (US)

Ho-Chi-Minh (PT)

Mr. Miyagi (PT)


18 de Junho - Incrível Almadense (Almada)

R. Capitão Leitão, 3-2.º
2800-135 Almada


Abertura de Portas: 21H00

Venda: Ticketline (www.ticketline.sapo.pt - Reservas: 707 234 234), Worten, FNAC, Bliss, Lojas Viagens Abreu, Livraria Bulhosa (Oeiras Parque), Pontos MegaRede, Dolce Vita Douro (Vila Real), Dolce Vita Porto (Estádio do Dragão), Dolce Vita Ovar, Dolce Vita Coimbra (Estádio Municipal de Coimbra), Dolce Vita Funchal, El Corte Inglês (Lisboa e Porto) Loja de discos Carbono (Lisboa), Bar Boca do Inferno (Bairro Alto), Loja Eastpak (Bairro Alto) e no dia e local do evento a partir das 19h00

AC/DC em Alvalade - Reportagens & Fotos:


De volta a Portugal, os australianos não se deixam apanhar pela idade... Numa produção e entrega memoráveis, Malcolm e Angus Young deram tudo ao público português.

Era, sem qualquer dúvida, um dos concertos mais aguardados do ano e os AC/DC cumpriram a promessa de que iriam protagonizar uma noite memorável a todos aqueles que acorreram em massa ao Estádio Alvalade XXI. É certo que o recinto não estava totalmente esgotado, mas estava muito perto disso. E, observando a expressão de satisfação espelhada na cara de todos aqueles que se acotovelavam à espera de um transporte que os levasse de volta a casa na zona do Campo Grande, era fácil perceber que ninguém deu o seu dinheiro por mal empregue.

Com o novo Black Ice na bagagem, o lendário grupo australiano liderado pelos irmãos Angus e Malcolm Young subiu a um palco de dimensões gigantescas - uma estrutura de 78 metros, ladeada por dois ecrãs, que demorou quatro dias a montar. Os AC/DC já não podem tocar em recintos pequenos há muitos anos, mas conseguem transportar para um estádio a energia crua de uma banda que está a actuar numa sala pequena e para uma audiência suada. 34 anos depois de terem lançado o primeiro álbum, mantêm-se iguais a si próprios e isso ninguém pode negar.

A produção por detrás de um espectáculo destes é enorme, mas os músicos mantêm-se fiéis ao que sempre foram - uma banda de, puro e duro, rock'n'roll. Durante os, aproximadamente, 135 minutos que durou a actuação não houve mudanças desnecessárias de instrumentos ou indumentária... o que houve, isso sim, foi uma enorme descarga de energia contagiante que tocou todos os presentes.

Às 21:40, mais uma vez em ponto, soam através das gigantescas colunas do P.A. os acordes iniciais de "Rock'n'Roll Train", o primeiro single de apresentação ao último álbum dos AC/DC.
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Nos ecrãs, numa animação colorida e movimentada, Angus Young e os seus companheiros fogem figurativamente de uma locomotiva descontrolada que, alguns minutos depois, acaba por "embater" na parte de trás do palco com grande estardalhaço. As luzes acendem-se e ali estão os heróis da noite, como que transportados de uma B.D. para a vida real, prontos a dar à plateia tudo aquilo que ela espera deles.

"Hell Ain't a Bad Place To Be", "Back In Black" e "Big Jack" obrigam os poucos resistentes a levantar-se das cadeiras ou das bancadas."Dirty Deeds Done Dirt Cheap", "Shot Down In Flames", "Thunderstruck" e "Black Ice" garantem que a plateia está totalmente rendida aos músicos. Mais de três décadas de palco fizeram dos AC/DC uma unidade incrivelmente bem oleada, em que nada - absolutamente nada - falha. No entanto, o mais surpreendente mesmo é perceber que, 34 anos depois de ter gravado o primeiro disco, a banda continua a ter a mesma energia que tinha quando começou a tocar.

O vocalista Brian Johnson e Angus percorrem sem descanso uma enorme passadeira que liga o palco a uma estrutura mais pequena que atravessa toda a plateia e termina na outra ponta do estádio. Malcom Young, Cliff Williams e Phil Rudd, menos dados a extravagâncias físicas ou sequer visuais, mantêm estoicamente uma secção rítmica coesa como poucas.

Um dos pontos altos da noite acontece logo a seguir, durante a bluesy "The Jack". E, claro está, tem como principal protagonista o carismático Angus. O eléctrico guitarrista - é difícil perceber onde é que uma figura tão franzina vai buscar tanta energia - protagoniza um strip-tease trapalhão, baixa as calças (não para exibir o rabo, mas uns boxers com o logótipo da banda) e a plateia, repleta de "corninhos iluminados" (à venda nas diversas bancas de merch espalhadas pelo recinto), atinge o êxtase.

Daí ao final do espectáculo tudo parece passar numa questão de segundos, com os clássicos ("Hells Bells", "Shoot To Thrill", "Dog Eat Dog", "You Shook Me All Night Long", "TNT" e "Whole Lotta Rosie") a cruzarem-se com mais algumas novidades ("War Machine" e "Anything Goes"). A apoteose, no entanto, estava reservada para a a recta final do espectáculo. Primeiro "Let There Be Rock"; numa épica versão de mais de 15 minutos, que incluiu um longo - demasiado? - solo de guitarra e Angus, numa explosão de confettis, a espernear no chão da tal plataforma ao fundo do estádio. E depois, já em encore, "Highway To Hell" e "For Those About To Rock", com petardos de "canhão" e pirotecnia incluídos a por um ponto final apoteótico numa noite memorável.

[Reportagem In Blitz]


"AC/DC : LOCOMOTIVA ROCK N ROLL ARRASOU ALVALADE"


Banda australiana mostrou toda a sua energia em palco numa gigantesca produção

A locomotiva dos AC/DC passou esta quarta-feira pelo Estádio de Alvalade XXI, em Lisboa, e mostrou todo o poder em palco de uma das mais conhecidas e bem sucedidas bandas de rock de todos os tempos.

Numa produção de dimensões a que os portugueses estão pouco habituados, a banda australiana trouxe a Portugal um verdadeiro circo rock 'n' roll, com um enorme palco de 78 metros de largura, vários ecrãs gigantes, um palco secundário no meio do estádio e efeitos pirotécnicos.

As cerca de duas horas de espectáculo arrancaram com um vídeo de introdução para «Rock 'n' Roll Train» até aparecer mesmo uma locomotiva e com ela os cinco «rapazes». Apesar de já terem passado a barreira dos 50, demonstraram toda a sua juventude. O vocalista Brian Johnson e o guitarrista Angus Young, declaradas figuras principais, correram quilómetros, fazendo inveja a muitos fãs com metade da sua idade.

Imagem de marca de Angus, para além da fatiota colegial, os chifres vermelhos iluminavam o topo do palco e as cabeças de milhares de fãs que pagaram para ter um par só deles. Acessório ideal para receber temas como «Hell Ain't A Bad Place To Be», «Hells Bells» ou «Highway To Hell».

«É bom estar de volta», exclamou Brian Johnson, 13 anos depois da primeira e última passagem dos AC/DC por Portugal. As saudades eram muitas e o público, que encheu o relvado e as bancadas, não fez cerimónias na hora de festejar em grande o regresso do conjunto australiano.

«Back In Black» foi o primeiro grande clássico saído da guitarra de Angus Young, eterno schoolboy que fez magia com a sua Gibson SG preta. «Thunderstruck», «You Shook Me All Night Long» e «T.N.T.» foram outros dos temas recebidos com entusiasmo logo aos primeiros acordes.

Com o seu rock 'n' roll despretensioso e em que a única preocupação é o divertimento em palco e na plateia, os AC/DC foram somando pontos a cada tema, nunca deixando os ânimos esfriarem. Se em «The Jack» a locomotiva abrandou à velocidade do blues, nem por isso perdeu potência - a música andou de mãos dadas com o entretenimento e as câmaras apontaram as suas lentes para as fãs femininas que cantavam o refrão «she's got the jack». Até deu para reconhecer uma «penetra», uma boneca insuflável, que certamente não terá pago bilhete.

Por esta altura, já Angus presenteara o público com um divertido strip tease (ficámos a saber que ele usa boxers dos AC/DC) antes de um dos momentos simbólicos da noite: o badalar do sino de «Hells Bells».

«T.N.T.» teve chamas a acompanhar o refrão cantado por todos com pontência e «Whole Lotta Rosie» trouxe uma enorme Rosie insuflável montada em cima da locomotiva. Antes do encore, Angus Young teve direito a uma verdadeira coroação. O guitarrista de 54 anos exibiu os seus dotes como solista, primeiro no palco secundário e mais tarde no principal, para gáudio dos fãs.

No regresso, «Highway To Hell» foi o tema mais cantado da noite por uma plateia que cruzou várias gerações. O final com «For Those About To Rock (We Salute You)» foi acompanhado de uma salva de tiros de canhão e fogo de artifício. Era o encerrar de uma noite memorável, que apenas ficou manchada pela ineficácia das torres de colunas em combater o delay sonoro.

[Reportagem In IOL Música]


"AC/DC EM LISBOA - O INFERNO DE ALVALADE"

Fossem todas as noites assim e o Sporting seria campeão por certo. Alvalade recebeu um dos melhores espectáculos da época e com casa cheia.
Eles não enganam ninguém. São assim mesmo. Uma banda de rock à moda antiga cheia de tiques que dificilmente poderão ser reproduzidos pelos filhos. O concerto dos AC/DC em Alvalade foi grandioso ao nível dos decibéis e arrasador na hora de atirar à baliza.

Foi necessário chegar ao fim da época para que finalmente se visse um bom espectáculo em Alvalade e logo perante uma enchente (coisa ainda mais rara durante o biénio 08/09). Os AC/DC foram Liedson, Moutinho, Polga, Derlei, Carriço...ou seja o que de melhor a equipa do Sporting tem.

Ouviu-se tudinho e com o volume no máximo. Os clássicos (basicamente são quatro: «Back In Black», «Thunderstruck», «You Shook Me All Night Long», «Highway To Hell»), as novas canções («Rock`n`roll Train» é candidata ao primeiro lote), os solos, ou seja, tudo aquilo que se poderia esperar dos AC/DC.

Tecnicamente mais que perfeitos, conseguem convencer-nos que ainda há lugar para os tradicionalistas num mundo super-tecnológico. E se por um lado, há pirotecnia, fogo de artifício e vídeo (imagens tão rudimentares que são engraçadas), por outro Angus Young arrisca um strip numa das várias cenas hilariantes do concerto.

É certo que um ouvido desatento pode confundir um Toblerone com um Cardbury`s e isto porque há demasiadas canções dos AC/DC que soam ao mesmo mas os fãs veteranos podem explicar aos que os descobriram via Internet que em tempos até houve outro vocalista (Bon Scott).

Provavelmente, os AC/DC irão pendurar as botas após esta digressão mas o último retrato é o de uma banda em pleno estado de forma. No campeonato dos veteranos, poucos estão tão bem conservados. Ah, e em relação aos mais novos vitória clara de uns Vicious Five agitadores sobre uns Mundo Cão que acusaram a responsabilidade.

[Reportagem In Disco Digital]


Alinhamento:

1. Rock 'n' Roll Train
2. Hell Ain't A Bad Place To Be
3. Back In Black
4. Big Jack
5. Dirty Deeds Done Dirt Cheap
6. Shot Down In Flames
7. Thunderstruck
8. Black Ice
9. The Jack
10. Hells Bells
11. Shoot To Thrill
12. War Machine
13. Dog Eat Dog
14. Anything Goes
15. You Shook Me All Night Long
16. T.N.T.
17. Whole Lotta Rosie
18. Let There Be Rock

Encore
19. Highway To Hell
20. For Those About To Rock (We Salute You)

segunda-feira, junho 01, 2009

Ozzy e o processo contra Iommi

Ozzy Osbourne(foto) Heaven And Hell(foto)

Ozzy Osbourne vai levantar um processo ao seu ex-colega e guitarrista dos Black Sabbath, Tony Iommi, por suposto uso ilegal do nome da banda para usufruto próprio.

De acordo com o tablóide New York Post, Osbourne pretende receber 50 por cento das receitas que Iommi fizer cada vez que usar a marca Black Sabbath. De acordo com o processo instaurado pelo mítico vocalista, é a sua voz que deu aos Black Sabbath a projecção e o sucesso da veterana banda de metal.

Por seu lado, o site especializado Blabbermouth comenta que o processo pode ser uma vingança de Osbourne ao facto de tanto Iommi como Geezer Butler sempre terem tomado a parte de Ronnie James Dio, o sucessor de Ozzy como vocalista dos Black Sabbath, depois de Osbourne ter sido despedido da banda em 1979.
Resta saber qual vai ser a decisão do juíz de Manhattan, comarca onde o processo deu entrada.

Tony Iommi tem estado na estrada com os Heaven and Hell, uma espécie de spin off dos Black Sabbath, que também conta com Butler, Dio e o baterista Vinny Appice na formação. O grupo acabou inclusive de se estrear nas edições com "The Devil You Know", lançado no passado mês de Abril.