segunda-feira, março 16, 2009

JUDAS PRIEST, MEGADETH E TESTAMENT


"Em Dublin tivemos a possibilidade de assistir ao início desta volta da digressão dos Judas Priest, empenhados na promoção do recente «Nostradamus» e em manter bem vivo o seu imenso legado.

Para esta gira os veteranos contam como convidados especiais com os Megadeth e os Testament, duas bandas que celebram 25 anos de carreira e que se mantêm tão actuais como no seu inicio de carreira. Curiosamente estes foram os cúmplices que ajudaram os Priest em 1991 na digressão de «Painkiller».

Na actuação dos Testament não faltaram momentos emblemáticos como «The New Order», «Practice What You Preach», «Into The Pit», «Souls of Black» e «Over The Wall». Sempre com o seu típico ar carrancudo, Dave Mustaine conduziu na perfeição os seus Megadeth por clássicos como «Wake Up Dead», «Hangar 18», «Symphony of Destruction», «Peace Sells» e «Holy Wars».

Sobre os Judas Priest pouco se pode acrescentar ao que foi dito ao longo de mais trinta cinco anos de carreira. A encenação continua lá enquanto Rob Halford “veste” cada personagem – do novo álbum são apenas interpretados três temas – com estridentes gritos que apesar dos seus 57 anos ainda consegue arrancar na perfeição e apenas em alguns casos se utilizam alguns efeitos para melhorar o “dramatismo”.

A dupla K.K. e Glenn são corpo de um mesmo organismo – Judas Priest – tal é a forma como continuam sintonizados a debitar riff atrás de riff. A dupla Ian e Scott quase que passa despercebida mas eles estão “LÁ” a segurar tudo. É fascinante perceber que este “monstro” existe há mais de três décadas e ainda se move com uma sedutora agilidade e eficácia letal.

Rob Halford confessou-nos em entrevista: «Estive a ouvir o «Nostradamus» no comboio enquanto vínhamos para aqui. Sabes, quando vires os Priest em Lisboa o set que fazemos agora tem todo o dinamismo do «Nostradamus». Tem o poder, tem o material mais recatado, as cenas mais aventureiras em termos musicais, muitas notas e mudanças de ritmo.

Para nós, em muitas vertentes «Nostradamus» engloba muito daquilo que se gosta nos Priest, com algumas ideias novas, obviamente porque é sempre importante introduzir algo de novo. Mas acho que é verdade que quanto mais nos ligamos a ele mais se é um fã de Priest. Fará cada vez mais sentido.

Este é definitivamente um álbum dos Judas Priest. É natural que quem seja um fã de «Painkiller» que queira o «Painkiller», se és um fã de «British Steel» só queres «British Steel». Os fãs de Priest mais ferrenhos que nos amam verdadeiramente estão sempre lá para qualquer disco e para qualquer concerto, eles adoram o que esta banda é capaz de fazer em termos de metal….

Depende de onde se vem. Se olhares do palco vês metaleiros de 16 anos e interrogas-te sobre qual terá sido o álbum que eles descobriram, qual foi a canção que os motivou. Sabes? Será que é «Breaking The Law» para eles, ou será «Nostradamus», ou será «Electric Eye». Não sabemos. É esse maravilhoso sentido de aventura musical que se obtem com os Judas Priest, nós levamo-vos a qualquer lado».

Para já só queremos que venham dia 17 ao Pavilhão Atlântico para sentirem a magnitude e a genialidade de um grupo de “putos” na casa dos cinquenta/sessenta anos que são capazes de emular na perfeição a magia de temas como «Metal Gods», «Eat Me Alive», «Between the Hammer and the Anvil», «Devil's Child», «Breaking the Law», «Hell Patrol», «Dissident Aggressor», «The Hellion / Electric Eye», «Rock Hard, Ride Free», «Sinner», «Painkiller», «Hell Bent for Leather», «The Green Manalishi (With the Two-Pronged Crown)» e «You've Got Another Thing Coming». Quando se ouvir o solo de «Sinner» aposto que os mais veteranos não vão conseguir esconder a emoção e vai haver lágrimas.

A terminar apenas gostaria de frisar que esta é uma daquelas oportunidades que não se deve perder. Porque quando estes senhores desaparecerem não haverá substitutos. ACREDITEM."

Everything Is New - Por António Freitas

ABERTURA DE PORTAS * 18H00
INÍCIO DO ESPECTÁCULO * 19H30

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