terça-feira, agosto 16, 2011

Opeth // 20 de Novembro - Incrível Almadense‏

OPETH
HERITAGE EUROPEAN TOUR
20 de Novembro - Incrível Almadense

1ª parte: Pain of Salvation

Abertura de Portas - 20h00
Inicio do Espectáculo - 21H00

Depois de uma fulgurante passagem pela última edição do Vagos Open Air – onde assinaram, sem a mais pequena dúvida, uma das atuações mais entusiasmantes, desafiantes, bem-dispostas, dinâmicas e tecnicamente irrepreensíveis de todo o festival – os suecos OPETH vão estar de volta a Portugal no dia 20 de Novembro, para um espetáculo na Incrível Almadense, que promete ser uma vez mais encantador, explosivo e memorável. Até porque, se houve alguma coisa que faltou na Lagoa de Calvão, foi apenas algum material inédito no alinhamento e, desta vez, com o novo «Heritage» já nos escaparates, vai certamente haver muita música nova para ouvir além dos clássicos. No entanto, Mikael Åkerfeldt e companhia não se limitam a trazer “só” um novo álbum na bagagem e, aumentando ainda mais um pouco a fasquia do interesse, fazem-se acompanhar por uma banda de suporte de calibre superior – escolhida a dedo. Já um nome incontornável no universo do metal progressivo, os conterrâneos PAIN OF SALVATION são um dos porta-estandartes da nova geração da tendência e prometem encantar com o material dos recentemente editados, e muito aplaudidos, «Road Salt One» e «Road Salt Two», de 2010 e 2011, respectivamente. Duas bandas que musicalmente, cada uma com a sua identidade própria, fazem jus pleno à palavra progressivo. Agora, vão estar juntas no mesmo palco.


BIOGRAFIA OPETH

Formação:
Mikael Åkerfeldt - Voz/Guitarra
Martin Mendez - Baixo
Per Wiberg - Teclados
Martin Axenrot - Bateria
Fredrik Åkesson - Guitarra

Originários de Estocolmo, os Opeth são um dos nomes incontornáveis da vertente mais progressiva do death metal e, desde que Mikael Åkerfeldt ajudou a criar a banda em 1990 e se transformou na sua força motriz, não mais pararam de ganhar terreno e construíram uma carreira incrivelmente sólida, consistente e invejável – reunindo, inclusivamente, rasgados elogios tanto por parte do público, como da imprensa e da indústria.

Adicionando elementos mais ligeiros à música que fazem, de guitarras acústicas a influências de jazz, rock progressivo, blues e até folk a uma sonoridade maioritariamente pesada – as vocalizações alternam entre um grunhido profundo e linhas melódicas limpas – o projecto nunca se limitou apenas ao óbvio e tem atraído atenções de diversos quadrantes da música pesada.

No entanto, a instabilidade que dominou os primeiros anos da sua carreira jamais poderia fazer adivinhar um futuro tão brilhante. De 1990 a 1992 os Opeth eram basicamente um projecto de David Isberg e Åkerfeldt, que deram os primeiros concertos com os músicos que, na altura, tinham mais à mão. A viabilidade da banda parecia incerta, até Isberg abandonar, Åkerfeldt tomar conta das vozes (já tinha experiência nesse campo com o projecto anterior Eruption) e o lugar de segundo guitarrista ser ocupado por Peter Lindgren. Os dois, com Johan DeFarfalla no baixo e Anders Nordin na bateria, gravam «Orchid» em 1994 com o produtor Dan Swanö – editado pela Candlelight no ano seguinte e nos Estados Unidos, via Century Media, só dois anos depois.

Entretanto o quarteto gravaria ainda o segundo disco, «Morningrise», em 1996, mas viria novamente a debater-se com mudanças de formação. Após a conclusão de uma pequena tour com os Cradle Of Filth, DeFarfalla foi despedido e Nordin abandonou a banda. «My Arms, Your Hearse», de 1998, gravado com Fredrik Nordström, apresentou finalmente a primeira formação que duraria mais de um par de anos, com Martin Lopez na bateria e Martin Mendez no baixo.

O feeling jazzístico de Lopez recolheu elogios, assim como a natureza mais obscura e directa de grande parte dos temas. As coisas iam acontecendo devagar para os Opeth, mas começavam finalmente a acontecer. Aproveitando a onda de comentários favoráveis, o quarteto não perdeu muito tempo e, cerca de um ano depois, estreia-se como parte do influente catálogo Peaceville com «Still Life». É aqui que as coisas começam a correr de feição para Åkerfeldt e companhia.

Visto como um verdadeiro ponto de viragem, o quarto álbum aperfeiçoou a fusão de elementos aparentemente díspares que os havia caracterizado desde sempre e o disco seguinte, «Blackwater Park», editado em 2001 via Music For Nations, estabeleceu-os como um improvável sucesso a nível comercial e valeu-lhes a primeira digressão mundial. Deste e do outro lado do Atlântico, a banda provocou furor com o primeiro fruto da sua relação de trabalho com Steven Wilson, dos Porcupine Tree.

Os músicos lançam-se então a um dos seus projectos mais arriscados e, um ano depois, saem do estúdio com dois discos debaixo do braço. «Deliverance» e «Damnation» foram gravados ao mesmo tempo e editados, respectivamente em 2002 e 2003, mostrando as duas facetas do grupo de forma separada – o primeiro brutal como nunca antes, o segundo totalmente dedicado à obsessão de Åkerfeldt pelo rock progressivo dos anos 70. Ambos produzidos novamente por Wilson, marcaram a afirmação dos Opeth como uma das bandas mais criativas e bem-sucedidas da sua geração – assinalando a primeira entrada na Billboard, a maior tour de sempre até então (cerca de 200 concertos entre 2003 e 2004) e a distinção para melhor Hard Rock Performance nos Grammys suecos.

«Lamentations (Live at Shepherd's Bush Empire 2003)» chegou aos escaparates em 2004, dando tempo para os fãs se familiarizarem com Per Wiberg (dos Spiritual Beggars), que entretanto tinha começado a tocar com a banda ao vivo e ajudou a gravar «Ghost Reveries». Editado em 2005, o disco de estreia para a Roadrunner transformou-se no mais aguardado da sua carreira e correspondeu totalmente às expectativas, sendo aquele que maior consenso gerou entre a imprensa e uma base de fãs que, até hoje, não pára de crescer.

Mesmo depois do abandono de Lopez e Lindgren, substituídos por Martin Axenrot e Fredrik Åkesson respectivamente, os Opeth mantiveram a sua personalidade intacta e, depois de mais de 200 concertos de promoção a «Ghost Reveries», gravaram finalmente o seu sucessor. «Watershed» foi lançado em 2008 e entrou directamente para o #1 da tabela de vendas finlandesa, para o #7 na Austrália e subiu ao lugar #23 da Billboard. Entre Março e Abril de 2010, os Opeth comemoraram o seu vigésimo aniversário, numa mini-digressão documentada no DVD «In Live Concert At The Royal Albert Hall». O lançamento décimo registo de originais, o verdadeiro sucessor de «Watershed», tem data de edição agendada para este ano.

Sem comentários: